Desmundo

Na aula asssitimos ao Filme brasileiro "Desmundo", com o objetivo de percebecemos que a língua falada em 1500 é muito diferente da língua de hoje.
A normatização da estrutura linguística se tornou uma necessidade da elite brasileira, que somente através da linguagem escrita estabelecida como padrão (correta), seria capaz de exercer a sua autoridade, o seu poder de dominante.
E a escola assume essa língua carregada de interesses políticos, econômicos, religiosos... e acaba sendo um instrumento de exclusão das classes menos favorecidas, que enxergam a sua língua como errada, marginalizada, própria de quem não tem conhecimento.

Palestra de Lucilia Garcez



A aula do dia 04 de setembro, foi uma palestra da professora e escritora Lucilia Garcez, no stand da Editora Arco-íris, durante a Feira do Livro.

A importância do papel do professor na formação de bons leitores foi o tema principal. Oferecer contato contínuo com a leitura imaginando que a criança não tem um convívio familiar adequado com a literatura; valorizar a leitura relacionando-a a momentos de prazer, são algumas "dicas"da professora Lucilia Garcez.


Conheça um pouco mais sobre Lucilia Garcez

Feira do Livro 2008


Tive a oportunidade de visitar a Feira do Livro, com três de minhas alunas. Foi uma experiência muito gratificante, ver aqueles olhinhos brilhando, diante de um mundo de fantasia e imaginação!!!

Gêneros textuais em sala de aula

O trabalho com gêneros textuais aproxima a sala de aula, da vida dos alunos...
As nossas experiências, tudo que temos aprendido no curso, me fez olhar diferente para a minha prática pedagógica. Semana passada como "diversão para casa" fiz a seguinte proposta: Os meus alunos deveriam elaborar uma lista dos produtos que estavam faltando em sua casa, como se fossem a um supermercado, e perguntar a seus pais a preço médio gasto com compras durante o mês. Fiquei muito surpresa com o resultado, pois todos fizeram a atividade e alguns foram além, me trazendo por exemplo, o preço dos produtos listados. A partir dessa atividade além de integrar o assunto com outras disciplinas que estamos estudando, (matemática: divisão, média, fração / ciências: alimentos saudáveis / entre outras) graças ao interesse da turma estou propondo novos textos como por exemplo: "Dicas na hora de ir ao supermercado".
Já estou planejando atividades para o trabalho com bulas de remédios...

Show da Vanessa da Mata - Eu fui...





Na prática

Apliquei em minha turma a dinâmica que aprendemos no curso. A turma deve ser dividida em grupos de aproximadamemte 4 alunos, o professor entrega uma folha com um título para os alunos, que deverão iniciar a história de acordo com o tema e ao comando do professor trocar com um colega, que irá continuar a história. O resultado foi muito positivo. Ainda em grupo ele corrigiram os erros ortográficos, fizeram uso do dicionário, passaram o texto a limpo. Foi uma aula extremamante produtiva.

Aula do dia 28/08

Retomamos o debate sobre gêneros e tipos textuais e estabelecemos algumas características inerente a cada um deles.

Gênero:
  • Histórico;
  • Número amplo;
  • Orientado para um fim específico;
  • Formato estável.

Tipo:

  • Estático;
  • Número restrito;
  • Previsão na escolha do léxico e sintaxe;
  • Base na estruturação linguística.

Comunicação

Características dos gêneros e tipos textuais


Tipos textuais: Designam uma seqüência definida pela natureza lingüística de sua composição. São observados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas.(Narração, descrição, argumentação, injunção e exposição)
Gêneros textuais: São os textos materializados encontrados em nosso cotidiano. Esses apresentam características sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal.
Carta pessoal, comercial, bilhete, diário pessoal, agenda, anotações, romance, resenha, blog, e-mail, bate-papo (Chat), orkut, vídeo-conferência, second Life (Realidade virtual), fórum, aula expositiva, virtual, reunião de condomínio, debate, entrevista, lista de compras, piada, sermão, cardápio, horóscopo, instruções de uso, inquérito policial, telefonema etc.
Fonte: http://www.cintiabarreto.com.br/didatica/generostextuais.shtml

Gêneros Ilimitados




A sociedade evolui, a cultura se transforma e o gênero acompanha o ritmo, se adequando as novas necessidades.

Sugestões para trabalhar com gêneros textuais

Minha leitura compartilhada. Obs: Retirada da internet - não sei a fonte das sugestões.


Trabalhando com gêneros textuais a partir de um texto narrativo (conto)

PÉ-NO-CHÃO
Monteiro Lobato


Fica no extremo da rua o Grupo Escolar, de modo que a meninada passa e repassa à frente da minha janela. Notei que muitas crianças sofriam dos pés, pois traziam um no chão e outro calçado. Perguntei a uma delas:
__ Que doença de pés é essa? Bicho arruinado?
O pequeno baixou a cabeça com acanhamento, depois confessou:
__ É inconomia.
Compreendi. Como nos grupos não se admitem crianças de pé no chão, inventaram as mães pobres aquela pia fraude. Um pé vai calçado, o outro, doente do imaginário mal crônico, vai descalço. Um par de botinas dura assim por dois. Quando o pé de botina em uso fica estragado, transfere-se a doença de um pé para outro, e o pé de botina de reserva entra em funções. Destarde, guardadas as conveniências, fica o dispêndio cortado pelo meio. Acata-se a lei e guarda-se o cobre.
Benditas sejam as mães engenhosas!

Sugestões de 25 atividades

01- Reconte a história do ponto de vista do aluno.
02- Alterar a história.
03- Elaborar outro conto cuja escola fica em um bairro de classe alta.
04- Continuar a história, criando outro desfecho.
05- Elaborar uma Carta do narrador para o diretor pedindo uma revisão das normas escolares.
06- Elaborar uma carta-resposta do diretor para o narrador justificando as normas.
07- Carta do pai de um dos alunos para o diretor.
08- Elaborar uma notícia de jornal denunciando o fato.
09- Elaborar um documento contendo as normas da escola (do conto)
10- Elaborar um texto descritivo da escola
11- Elaborar uma entrevista com a diretora da escola.
12- Elaborar um abaixo-assinado no qual as mães protestam contra as normas da escola.
13- Elaborar um texto opinativo a favor e outro contra sobre a rigidez das normas escolares.
14- Elaborar um diálogo entre os alunos.
15- Elaborar um poema sobre o tema do conto.
16- Criar um gibi a partir do conto:
17- Criar uma charge referente ao assunto do texto.
18- Elaborar frases com mensagens referentes ao conteúdo do conto.
19- Elaborar um texto publicitário sobre a escola.
20- Elaborar um discurso de um político sobre o fato.
21- Reconte a história no estilo de um discurso de Gil Gomes.
22- Elaborar textos opinativos que revelem a opinião dos alunos a respeito das normas escolares.
23- Elaborar um texto para o autor do conto: Monteiro Lobato, opinando sobre a obra.
24- Elaborar um resumo do texto.
25- Elaborar uma peça de teatro baseada nesse conto.

Gêneros e tipos

Começamos a trabalhar com o fascículo 2 que trata dos Gêneros e Tipos. Fiquei um pouco confusa, mas acho que após a aula comecei a entender, principalmente depois que assisti o vídeo postado do blog da Luzia.
Gênero é a forma natural pela qual utilizamos a língua para nos comunicar nas situações formais e informais, orais e escritas. O gênero pode ser usado com função social. Ele acontece independente de estudo. A sociedade evolui e a cultura se transforma, sendo assim são características do gênero: abrangência, tendência a aumentar, dinamismo, cultural e é ilimitado.
Dentro dos gêneros existem vários tipos. Os tipos são: específicos e limitados, podendo ser argumentativos, narrativos, expositivos, descritivos ou injuntivos.
O gênero e o tipo são dependentes do domínio abordado

Aula do dia 31/07

A aula foi muito animada. As tutoras nos levaram uma série de dinâmicas que podemos desenvolver com nossos alunos. A socialização, a elaboração de perguntas, a produção de textos em grupo, são aspectos que podem ser trabalhados com dinamismo e criatividade.

Debate reflexivo sobre letramento


O debate sobre letramento que realizamos na escola, foi extremamente enriquecedor. A troca de idéias e experiências é muito gratificante. Mesmo aqueles com muitos anos em regência estão sempre dispostos a aprender... Obrigado aos colegas que pararam suas obrigações para colaborar com a atividade.
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Por que surgiu a palavra Letramento?
Magda Becker Soares

A palavra analfabetismo nos é familiar, usamos essa palavra há séculos, ela já está presente em textos do tempo em que éramos colônia de Portugal. É um fenômeno interessante: usamos há séculos, o substantivo que nega (a (n) +alfabetismo = privação de alfabetismo) e não sentíamos necessidade do substantivo que afirmasse: alfabetismo ou letramento. Por que só agora, no fim do século XX, a palavra letramento tornou-se necessária?
Palavras novas aparecem quando novas idéias ou novos fenômenos surgem. Convivemos com o fato de existirem pessoas que não sabem ler e escrever, pessoas analfabetas, desde o Brasil Colônia, e, ao longo dos séculos, temos enfrentado o problema de alfabetizar, de ensinar as pessoas a ler e a escrever; portanto, o fenômeno do estado ou condição de analfabeto nós o tínhamos ( e ainda temos...), e, por isso, sempre tivemos um nome para ele: analfabetismo.
À medida que o analfabetismo vai sendo superado, que um número cada vez maior de pessoas aprendem a ler e a escrever, e à medida que, concomitantemente, a sociedade vai se tornando cada vez mais centrada na escrita (cada vez mais grafocêntrica), um novo fenômeno se evidencia: não basta apenas aprender a ler e a escrever. As pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a escrever, mas não necessariamente incorporam a prática da leitura e da escrita, não necessariamente adquirem competência para usar a leitura e a escrita, para envolver-se com as práticas sociais da escrita: não lêem livros, revistas e jornais; não sabem redigir um ofício, um requerimento ou uma declaração; não sabem preencher um formulário; sentem dificuldade para escrever um simples telegrama ou uma carta; não conseguem encontrar informação num catálogo telefônico, num contrato de trabalho, numa conta de luz ou numa bula de remédio... Esse novo fenômeno só ganha visibilidade depois que é minimamente resolvido o problema de analfabetismo e que o desenvolvimento social, cultural, econômico e político traz novas, intensas e variadas práticas de leitura e escrita, fazendo emergir novas necessidades, além de novas alternativas de lazer. Aflorando o novo fenômeno, foi preciso dar um nome a ele: quando uma nova palavra surge na língua, é que um novo fenômeno surgiu e teve de ser nomeado. Por isso, e para nomear esse novo fenômeno, surgiu a palavra letramento.
Alfabetização: ação de ensinar/ aprender a ler e a escrever.

Letramento: estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exercer as práticas sociais que usam a escrita.

Cultiva = dedica-se a atividades de leitura e escrita.
Exerce = responde às demandas sociais de leitura e escrita

Contudo, alfabetizar refere-se ao processo de ensino e aprendizagem da língua escrita e estar alfabetizado diz respeito às competências e habilidades construídas por alguém que já compreende o sistema de escrita. É fundamental para o professor saber quais conhecimentos aquele que já está alfabetizado construiu, pois as atividades de ensino da prática de alfabetização devem tematizar esses mesmos conhecimentos de tal forma que o aluno possa dele apropriar-se.
A alfabetização é um processo que se insere em outro mais amplo, que é o letramento, do qual é parte constitutiva. Nessa perspectiva, a alfabetização pode ser entendida como o processo de compreensão do sistema de escrita, inevitavelmente inserido em outro, mais amplo, que implica a aprendizagem da linguagem escrita e de seus usos sociais possíveis - o letramento.

Questões fonéticas e fonológicas

A fonética e a fonologia se encarregam dos sons e de sua organização na língua.
Os educadores, principalmente os das séries iniciais devem conhecer as fases que as crianças passam até que possam ler. Munidos dessas informações o professor será capaz de oferecer atividades adequadas a essa criança e ajudá-la a passar para a etapa seguinte. Segundo Cagliari em Alfabetização e Lingüística, São Paulo, Scipione, é preciso não corrigir demais as crianças: deve-se dar tempo para que aprendam e incentivar a autocorreção, a autocrítica. Quanto mais se tenta facilitar, orientar e corrigir tudo o que a criança faz, menos ela reflete sobre sua ação.

Jonas Ribeiro e André Neves - O grande encontro

Foi um momento muito especial conhecer esses dois grandes autores da literatura infanto-juvenil brasileira. Jonas Ribeiro é extremamente carismático, o que mais me encanta em suas 0bras é a ternura com que trata de assuntos tão delicados, como por exemplo o álcoolismo, em a "História vazia da Garrafa Vazia" .


É necessário que vejamos nossos alunos como figuras humanas capazes de desejar, de sentir...

Variações Linguísticas


Variações Lingüísticas – “Formas diferentes de dizer a mesma coisa”.

A língua é reflexo da sociedade e principalmente da família, o nosso primeiro grupo social. Traços de personalidade e comportamento ficam evidenciados em nossa fala.
O sistema gramatical que normatiza a língua portuguesa escrita não prevê usos alternativos, porém algumas tendências como o Lambdacismo( troca de r em l) ou o Rotacismo( troca de l em r), são frequentes na linguagem falada (galfo ao invés de garfo), e por vezes se refletem na linguagem escrita. O que devemos perceber é que n
ão existe certo ou errado quando se trata da linguagem falada, o que importa é que haja comunicação, ao contrário quando se trata da linguagem escrita temos que seguir a norma padrão.

A escola deve alertar para a existência do preconceito linguístico, criticá-lo e impedir a sua propagação.

Letramento


Letramento é o uso, a aplicação social da linguagem. Na vida temos diversas possibilidades de ampliar nosso conhecimento para fazer uso das informações.
Antes da palavra surge uma leitura de mundo. É necessário o desenvolvimento da escrita formal dos códigos. Os alunos devem perceber a transição da linguagem oral à escrita, sem perder a bagagem da linguagem.
A alfabetização é um dos passos para o letramento, ela dá consciência do mundo dos signos.

O professor letrador, não é um simples transmissor de conhecimentos, é acima de tudo um facilitador da aprendizagem. Não é uma tarefa fácil, porém deve fazer parte de nossa prática pedagógica.

Leitura dos três olhares (Texto).

A leitura dos três olhares nos oferece a oportunidade de sermos “professores pesquisadores”:
1° olhar: É aquele com o qual observamos as idéias principais, os objetivos do texto;
2° olhar: É a leitura interpretativa do texto em que os marcos textuais e as inferências do texto são trabalhadas.
3° olhar: É sair do texto, buscar outras possibilidades, relacioná-lo a outros recursos.

Com essa visão do texto estaremos abrindo horizontes, ampliando a compreensão de mundo dos nossos alunos.

Celulares só faltam dominar o mundo

Texto para apresentarmos sugestões de aula.
http://www.overmundo.com.br/banco/celulares-so-faltam-dominar-o-mundo

Aula do dia 03/04/08

Hoje iniciamos o curso de Alfabetização e Linguagem. Fui muito bem recebida pelos colegas de área específica, espero que possamos compartilhar nossas experiências em prol da melhoria do ensino da Língua Portuguesa.